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Estudo ACP: Portugueses continuam a preferir o automóvel

Numa época em que a mobilidade é um dos temas do momento e em que mais são defendidas alternativas ao automóvel, os portugueses continuam a ser dos mais entusiastas em relação a este meio de transporte, preferindo-o amplamente em relação a outros meios, como os transportes públicos.

Esta é uma das principais conclusões de um estudo levado a cabo pelo Observatório ACP, entidade independente pertencente ao Automóvel Club de Portugal (ACP), que compilou 6560 inquéritos realizados entre abril e julho de 2017 (com coordenação técnica de Fernando Nunes da Silva, professor catedrático do Instituto Superior Técnico) e que procurou traçar o perfil dos condutores em Portugal, mas também revelar os padrões de mobilidade, estado do parque automóvel e o comportamento de todos nas estradas nacionais.

Assim, mesmo que no presente se assista a uma proclamação de outros meios de mobilidade, o automóvel continua a ser um caso de ‘paixão’ para os portugueses, sendo que a taxa de motorização está a aumentar (459 automóveis por cada mil habitantes), sendo este também um reflexo da recuperação da economia, com prejuízo para os transportes públicos, que têm vindo a perder utentes, de acordo com este mesmo estudo do Observatório ACP. Assim, entre os modos de transporte mais frequentes nas deslocações casa-trabalho, 77,9% refere que utiliza o automóvel como condutor, sendo que os transportes públicos combinados (intermodais) compõem 4,0% das respostas, superados pelas caminhadas (6,8%) e pelos meios unicamente ferroviários (4,6%), sejam eles o comboio, metropolitano ou elétrico.

Outros dados relevantes apontam que três em cada quatro proprietários de automóveis conduzem diariamente, sendo a quase totalidade deles possuidores de um veículo ligeiro de passageiros. Quanto à média de quilómetros diários, 47% dos inquiridos refere fazer um percurso entre os 47 e os 200 quilómetros por semana.

Entre as razões que levam ao predomínio do automóvel – com 78% dos inquiridos a escolher o automóvel nas deslocações casa-trabalho –, a flexibilidade é aquela que mais vezes é referida, sobretudo quando há pontos de paragem intermédios, como deixar os filhos na escola ou no jardim-de-infância.

Quanto à qualidade da condução, 24% dos que responderam diz que o nível está melhor nos dois últimos anos, mas 45% aponta que a condução dos portugueses está igual. Também relevante: 23% indica que o nível da condução piorou nos dois últimos anos.

Transportes públicos: preocupa a eficácia

O segundo modo de transporte mais frequente são os públicos, com cerca de 10% dos inquiridos a mencioná-los como escolha, embora a maior preocupação para quem os utiliza é a sua eficiência, medida por fatores como a pontualidade, flexibilidade, duração da viagem ou frequência. O preço, refere o estudo, fica numa posição secundária.

Carlos Barbosa, presidente do Automóvel Club de Portugal (ACP)

Com efeito, a frequência e a qualidade das ligações oferecidas (onde a existência de transbordo obrigatório é fator negativo determinante) são sistematicamente os aspetos que são percebidos como os menos insatisfatórios da oferta. Só no caso dos estudantes é que se verifica uma perceção positiva, mesmo que apenas com 3,4 pontos em 5 possíveis.

No total, 6,8% dos inquiridos indica que vai a pé de casa para o trabalho, havendo também a registar que apenas 1,3% utilizam apenas o autocarro e escassos 0,2% apontam a bicicleta como meio de transporte único.

Maior cuidado com o telemóvel

Ainda no âmbito da caracterização do condutor luso, é indicado que 57% dos inquiridos já foi mandado parar em operações policiais rotineiras e que a grande maioria não esteve envolvida em acidentes de viação graves (apenas 12% indicarem tê-los sofrido), nem teve amigos ou familiares nessa situação.

Outras conclusões relevantes dão conta de 8% dos entrevistados fala com o telemóvel na mão enquanto conduz, mas apenas 1% admite que o faz sempre. Por outro lado, a esmagadora maioria dos entrevistados (74%) considera que é mais seguro conduzir e falar ao telemóvel utilizando o sistema mãos-livres, inserindo-se num universo em que 47% dos inquiridos fala ao telemóvel enquanto conduz. Também preocupante é o dado de que 19% dos inquiridos admite ter adormecido ao volante, mesmo que momentaneamente.

Numa prova de que a convivência com os ciclistas não decorrer da melhor maneira, metade dos inquiridos considera que os utilizadores desses veículos estão mal preparados para circular na via pública. Para melhorar a segurança destes, 89% indica que os ciclistas deveriam usar capacete dentro das localidades e nacionais.

Além disso, a manutenção e sinalização das estradas são avaliadas de forma negativa pelos inquiridos, havendo sobretudo uma fatia muito forte de condutores a indicarem que a manutenção da rede viária é deficitária. De forma a melhorar a segurança de peões, mais de 90% dos inquiridos considera que se deveriam instalar radares para controlo de velocidade junto às escolas e dispositivos nos veículos que impeçam os condutores de arrancarem com álcool no sangue.

Carta por pontos ainda é ‘mistério’

Sobre a carta por pontos e sua aplicação, 35% dos que responderam dizem ter pouca informação sobre a mesma, embora 54% aponte que vai melhorar a segurança e comportamento dos condutores lusos. No entanto, verifica-se um desconhecimento geral em relação às alterações à renovação da carta de condução, sendo o encurtamento dos períodos de renovação a principal alteração recordada pela maioria dos condutores (9% do total da amostra).

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