A Holanda (ou Países Baixos) é o país que melhores condições reúne para receber os veículos autónomos, tanto em termos de infraestruturas, como de desenvolvimento tecnológico.
Este é um dos dados extraídos do Estudo da KPMG sobre o Índex de Preparação para os Veículos Autónomos (AVRI), o qual procurou avaliar diversas condições em 20 países mundiais acerca das capacidades e possibilidade de introdução de tecnologias de condução autónoma, ao mesmo tempo alertando para as necessidades dos outros países para o desenvolvimento de características que lhe permitam também receber esta evolução.
Desta forma, a avaliação teve por base quatro pilares, sendo eles a tecnologia e inovação, legislação, infraestruturas e aceitação pública. De acordo com o estudo da KPMG, a Holanda é o país que melhor preparado está para receber carros sem condutores, levando a melhor em dois dos aspetos acima mencionados – infraestruturas e aceitação. Ou seja, os holandeses estão bastante abertos à possibilidade de poder ter nas suas estradas carros sem condutor.
Em nenhum dos critérios obteve menos do que a quarta posição (entre os tais 20 paíeses), reunindo por isso 27.73 pontos nesta tabela, sendo no capítulo da tecnologia e da inovação aquele que menos bem esteve em termos gerais.
Na segunda posição encontra-se Singapura, com um total de 26.08 pontos, demonstrando também boas condições para receber os carros autónomos, levando a melhor nos itens da Legislação e na aceitação. Porém, no polo oposto, o capítulo da tecnologia e da inovação quedou-se no oitavo posto, o que levou assim a que o país ficasse com o segundo lugar geral atrás da Holanda.
Europeus em boa posição
Na terceira posição surgem os Estados Unidos da América (EUA), já algo distantes do duo da frente, com 24.75 pontos, com o país atualmente governado por Donald Trump a liderar no capítulo da tecnologia e inovação.
Numa tendência interessante, os países europeus estão em muito boa posição no que diz respeito a esta tabela, com as três posições seguintes a serem ocupadas por nações do Velho Continente. A quarta posição pertence à Suécia, com 24.73 pontos, enquanto a quinta posição está com o Reino Unido, com 23.99 pontos. Logo a seguir, encontra-se a Alemanha, com 22.74 pontos.
A lista dos dez primeiros completa-se com a presença de Canadá, Emirados Árabes Unidos, Nova Zelândia e Coreia do Sul.
Metodologia do estudo
Para compor esta tabela, a KPMG desenvolveu os já citados quatro pilares de avaliação, cada um deles com uma série de fatores estruturantes. No caso da tecnologia e da inovação, teve-se em conta o número de parcerias industriais, polos de investigação e de desenvolvimento, patentes de veículos autónomos (por cada milhão de habitantes), investimentos totais (por cada milhão de habitantes), quota de mercado de veículos elétricos, capacidade de inovação ou presença da Uber. Se os Estados Unidos ficaram em primeiro nesta avaliação, importa referir que a Rússia ficou na derradeira posição.
No caso das infraestruturas, teve-se em conta a densidade de postos de carga por cada 100 quilómetros, cobertura da rede 4G, qualidade da rede viária, o índex de desempenho logístico pelo Banco Mundial e índice de prontidão e capacidade de mudança de infraestruturas e tecnologia, com a Holanda a ficar à frente, denotando sobretudo enorme vantagem na rede de carregamento de VE, com 10 por cada 100 km.
No item de legislação, avaliou-se acordo com a legislação disponível para os autónomos, investimento público na respetiva infraestrutura, capacidade de prontidão de mudança governamental, eficácia dos corpos legisladores e eficiência do sistema legal para regulamentos desafiantes, entre outros pontos, com Singapura a levar a melhor neste aspeto, à frente da Nova Zelândia.
Por fim, a aceitação dos consumidores foi um parâmetro que teve por base quatro pontos de análise, desde a população em cada área de teste, dados de aceitação dos veículos autónomos com base em inquérito, índex de capacidade e prontidão para mudanças e tecnologias sociais e preparação para novas tecnologias. Uma vez mais, Singapura ficou com o melhor lugar, na frente da Holanda.