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Cristina Correia

PRIO: Inovar para crescer

Cristina Correia, Diretora de I&D e Inovação da PRIO explica o programa de aceleração de start-ups da PRIO que pretende ajudar a empresa a preparar um futuro mais sustentável

O que é o programa de aceleração de start-ups da PRIO?

O programa de aceleração de start-ups da PRIO, Jump Start, é um programa de inovação aberta centrado na aceleração de soluções de start-ups que possam ajudar a PRIO a preparar um futuro mais sustentável, com especial foco na sustentabilidade, transição energética e digitalização.  O Jump Start teve este ano a sua sexta edição e contou com cerca de 90 candidaturas de mais de 20 países diferentes. É um programa promovido pela PRIO, co-organizado pela imatch, em que procuramos start-ups que tenham produtos e/ou serviços inovadores que possam ser implementados na cadeia de valor da PRIO. Numa lógica “win-win”, é um programa que visa apoiar start-ups que queiram testar a sua solução inovadora em ambiente real, ajudando a PRIO a enfrentar o grande desafio de trazer mais e melhores soluções de transição energética ao mercado.

O programa está organizado em várias fases, decorrendo ao longo de 6 meses. Os projetos piloto a desenvolver com os vencedores de cada ano duram habitualmente 6 a 12 meses. Ao longo das várias fases, o apoio dos parceiros externos do programa (Innoenergy, Portugal Ventures, Microsoft for Startups, Câmara Municipal de Ílhavo e InovaRia) e dos mentores internos (colaboradores das várias áreas de negócio da PRIO) têm sido fundamentais para o sucesso do programa.

Qual a importância desse programa para a Inovação e para o desenvolvimento de negócio da PRIO?

A PRIO é uma empresa bastante jovem, que tem vindo a crescer num setor que era muito tradicional, o do fornecimento de energia, e que está em profunda mudança. Para termos sucesso, a inovação é fundamental. Na PRIO, trabalhamos com base num modelo de inovação aberta em que procuramos dar resposta aos desafios de hoje, preparando (e antecipando, sempre que possível!) o futuro. Acreditamos que partilhar os nossos desafios e a nossa visão com start-ups é uma forma de o fazermos melhor e mais rapidamente. Sabemos que é preciso mais do que apenas ideias para ter sucesso. É preciso mais do que um modelo de negócio ou um grande produto. É preciso pessoas com garra, bem preparadas e com vontade de fazer diferente. São essas pessoas com que todos os anos nos cruzamos no Jump Start. O Jump Start tem tudo a ver com a criação de soluções inovadoras duradouras, ajudando as start-ups a descolar e a levar as suas soluções ao mercado. Ao implementar projetos piloto com os vencedores de cada ano, o Jump Start capacita as start-ups a atingir o objetivo final de criar oportunidades de negócios e permite à PRIO testar soluções tecnológicas inovadoras na sua cadeia de valor. O Jump Start ajuda também a PRIO, enquanto organização (conjunto de pessoas), a manter a irreverência e o espírito inovador que nos caracterizam.

O ritmo acelerado de transformação da mobilidade obriga a correr riscos na implementação de soluções?

Quando implementamos novas soluções, corremos sempre riscos. Quando assistimos a uma aceleração no ritmo da transformação da mobilidade, naturalmente que temos consciência de que é necessário agir rápida e eficazmente. Não devemos, contudo, tomar decisões precipitadas e mal fundamentadas. É também neste ponto que o modelo de inovação aberta encontra grandes vantagens e os projetos piloto ganham razão de ser. A partilha de desafios com o ecossistema de empreendedorismo e o teste de novas soluções em pequena escala, em ambiente real, mas controlado, permitem-nos tomar melhores e mais ágeis decisões.

Em inovação, temos um princípio muito simples de entender que é “Fail Fast”, ou seja, “falhar depressa”. Com isto quer dizer-se que se queremos testar uma nova solução, devemos ser ágeis a fazê-lo para, em caso de fracasso, falharmos depressa (e ainda numa fase inicial de maior controlo), e podermos corrigir, ou mesmo inverter, o rumo. Se tivermos sucesso, que é naturalmente o desejado, há que então escalar a solução testada, já com melhores garantias de sucesso a larga escala.

Que ‘case studies’ pode destacar no âmbito do programa de aceleração de start-ups da PRIO?

Neste ponto, gostaria de destacar dois vencedores do Jump Start, um da edição de 2020 e outro da edição de 2021. Um dos vencedores da nossa edição de 2020 foi a start-up portuguesa, Automaise. A Automaise é uma empresa de software fundada em 2017. Desenvolveu uma plataforma de low-code, baseada na cloud, que permite a automatização de processos de gestão através de Inteligência Artifícial (IA), necessitando de um baixo esforço de implementação. Dado o momento de expansão que vivemos na PRIO, sentimos a necessidade de apostar na maior eficiência dos nossos processos, e acreditamos que o recurso à Inteligência Artificial pode ajudar-nos neste caminho. O projeto piloto com a Automaise ajudou a provar que realmente assim é. A solução que a Automaise desenvolveu em parceria com a PRIO tem impacto, essencialmente, ao nível da oferta e tem sido determinante porque permitiu afinar a oferta que a PRIO apresenta aos seus clientes. Passámos de um processo manual, e consequentemente mais sujeito a erros, que não tinha em conta os dados históricos, para uma solução que recorre a Inteligência Artificial no sentido de gerar informação preditiva.

Depois de um projeto piloto de sucesso, a Automaise é agora nosso fornecedor e contamos com a sua ajuda para aprimorar e desenvolver novas funcionalidades da solução. Sentimos que a solução da Automaise nos ajudou a reforçar a nossa estratégia, e seguramente que procuraremos perceber se o recurso a IA nos pode ajudar a tomar decisões mais ágeis e mais fundamentadas em dados noutros processos da empresa.

Outro caso de sucesso é a Smart Monkey, vencedora da edição de 2021. A Smart Monkey é uma start-up espanhola de software que se dedica à otimização de rotas, e que desenvolveu uma plataforma muito ágil e fácil de usar, com impacto significativo na operação, denominada Planner, que usa também algoritmos de Inteligência Artificial e Machine Learning.

A SmartMonkey realizou um estudo exaustivo sobre as operações logísticas de uma das empresas do grupo, a PRIO Gás Lisboa, responsável pela distribuição de gás embalado da grande Lisboa, e procedeu à implementação do Planner na operação diária da empresa. O objetivo principal do projeto piloto foi medir o impacto real nas operações após a implementação do Planner.

Os resultados, muto positivos, incluem melhorias ao nível do custo de entrega de cada garrafa (na ordem dos 25%), poupança em combustível (17%) e em quilómetros percorridos e consequentemente uma redução nas emissões associadas à distribuição de gás embalado nesta região (cerca de 26%).  Um outro indicador que foi medido foi a satisfação do cliente, que também aumentou, e que está naturalmente relacionado com a melhoria do processo de entrega. A solução implementada pela Smart Monkey permitiu gerir os recursos existentes de forma mais eficiente e por isso já foi tomada a decisão de manter a utilização do Planner na PRIO. Adicionalmente, a Smart Monkey está a estudar a implementação desta solução inovadora na operação noutras regiões do país.

Estes dois exemplos traduzem bem o principal objetivo do Jump Start, o estabelecimento de relações duradouras com start-ups que nos ajudam a crescer e a enfrentar os desafios que diariamente enfrentamos, contribuindo para um futuro mais sustentável.

 

 

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