Russos querem lançar o ZETTA (Zero Emission Terra Transport Asset) em todos os mercados mundiais, com preços abaixo dos 6.000 euros. Produção arranca este ano.
A indústria acelera como pode a eletrificação do automóvel, mas democratização da tecnologia de baterias só chegará quando o preço deixar de ser um entrave à comercialização em massa. E, embora não faltem empresas empenhados em explorar o conceito do elétrico ‘low-cost’, demoram a aparecer alternativas exequíveis e baratas aos motores de combustão. A mais recente promessa surge da Rússia, que garante um modelo 100% elétrico de pequenas dimensões, com um preço de referência abaixo dos 6.000 euros, o que o converte, dessa forma, no elétrico mais acessível do mundo.
Depois do estranhíssimo Kalashnikov CV-1, do qual não se ouviu falar desde que foi apresentado num salão de armamento nos arredores de Moscovo, o ZETTA volta a aparecer como o elétrico de baixo custo com mais potencial para atacar o mercado russo e com vista à exportação. Não é bonito, está longe de ser máquina tecnicamente evoluída, mas contará com preço imbatível, ainda inferior aos básicos elétricos como o Citroën AMI ou o Renault Twizy.
Com apenas 3 metros, tem menos 30 centímetros em comprimento do que um Smart EQ fortwo, mas a engenhosa configuração do interior garante homologação para quatro ocupantes. Os motores elétricos estão instalados nas rodas, anunciando uma potência máxima de 97 cv (72,4 kW) e velocidade máxima de 120 km/h. O fabricante não revelou detalhes sobre a bateria utilizada, mas garante autonomia para 200 quilómetros livres de emissões.
O Governo russo acaba de garantir o investimento final de mais de 1.152 milhões de euros, fundamental para viabilizar o veículo a ser exportado para todo o mundo. Em declarações à imprensa, o ministro russo da Indústria e Comércio, Denis Manturov, confirmou que o desenvolvimento do modelo foi afetado pela pandemia do coronavírus, mas está tudo a postos para que se inicie a produção em Toliatti antes do final de 2020.