Miguel Rangel (Diretor de Operações Non Oil) explica como a inovação ocupa um lugar central na estratégia do retalho da PRIO, nomeadamente nas áreas de serviço e lojas de conveniência da marca. A PRIO está também a estudar formas de optimizar e dar maior gama de serviços aos clientes de mobilidade elétrica que aguardam nas lojas enquanto os seus carros recarregam
As áreas ou lojas de conveniência são uma parte importante do negócio da PRIO?
As lojas de conveniência têm-se revelado como espaços cada vez mais importantes na vida das populações quer pela gama interessante e conveniente que colocam à disposição dos consumidores, quer pelos serviços complementares ao negócio base de abastecimento de combustível. Serviços como Lavagens Automóvel, venda de gás engarrafado, serviços de recolha de encomendas, pagamentos de serviços diversos como água, portagens, telecomunicações têm vindo a ser introduzidos na rede PRIO e por isso hoje as lojas são muito mais do que um espaço comercial para se transformarem em espaços de serviços e comércio de conveniência.
Quais são as principais preocupações e objetivos a ter em conta no desenho e filosofia de uma área de conveniência?
Preocupações com a maior eficiência possível dos fluxos e circuitos dos consumidores dentro da loja, associados ao conforto de clientes e equipa PRIO são as maiores prioridades. Isto sempre cumprindo as normas de segurança em vigor.
Com o desenvolvimento da mobilidade elétrica e os respetivos tempos de recarga as lojas de conveniência têm de dar outro tipo de resposta?
Penso que acima de tudo é fundamental conhecer melhor a “jornada” deste tipo de clientes que passa mais tempo num posto de abastecimento do que os restantes clientes o fazem. Face a isso as lojas têm necessariamente que se adaptar no espaço e na oferta a esse tipo de clientes proporcionando-lhes soluções que os ajudem a otimizar o tempo passado num ponto de carregamento. Por exemplo, na PRIO estamos a desenvolver um projeto para colocar pontos de aspiração dos veículos junto aos carregadores elétricos.
Como serão as lojas de conveniência do futuro?
As lojas de conveniência do futuro serão tão mais eficazes quanto conseguirem adequar-se à evolução das necessidades dos consumidores – mas essa realidade é tão válida no futuro como o é no presente; talvez as lojas do futuro devam ser mais ágeis de forma a se poderem adaptar mais rapidamente às necessidades identificadas junto dos clientes.
A automatização das lojas de conveniência passa por haver lojas sem caixa de pagamento e sem “rosto” humano?
O facto de não haver pessoas na cobrança das caixas de pagamento não significa que a loja não tenha nenhum humano na sua operação. O ato de pagar/cobrar é dos mais simples de fazer de forma autónoma e o que menos envolvimento pode requerer entre equipa de loja e cliente – ver o caso das portagens, dos Multibancos, das vending machines, etc., etc., nos quais todos sentimos que o facto de ali potencialmente estar uma pessoa nada acrescenta à experiência de compra. Por outro lado, se se libertarem recursos humanos das funções de pagamento significa que estes podem estar na loja em tarefas de maior valor para o cliente e para a operação de loja – no aconselhamento ao cliente, na reposição e arrumação da loja, na experimentação de produtos entre muitas outras funções de valor e isso é claramente mais relevante para todos.