Com o Mirai de nova geração, a Toyota pretende replicar para a mobilidade do hidrogénio a fórmula de sucesso que conquistou com os híbridos, há mais de 20 anos. Tomar a dianteira entre esta tecnologia é uma ambição da marca japonesa, que vê na pilha de combustível a hidrogénio uma solução alternativa e valiosa para a mobilidade sem emissões.
Assumindo um figurino de berlina familiar com desenho mais convencional, o novo Mirai revela um grande avanço em matéria de compactação e desenvolvimento de componentes, tendo a Toyota trabalhado afincadamente na redução das dimensões das diversas unidades do sistema de pilha de combustível, no aumento da densidade energética e na redução dos custos de produção, algo que decorre da massificação dos componentes. A plataforma é a GA-L, uma variante da TNGA (Toyota New Global Architecture), que também contribui para maior robustez e competência dinâmica.
O conjunto de pilha de combustível utiliza polímero sólido, como no atual Mirai, mas foi reduzido nas suas dimensões e conta com menor número de células (330 em vez de 370), com uma densidade energética recorde de 5.4 kW/l. Todo o sistema de hidrogénio está situado sob o capot, incluindo o conjunto de pilha de combustível, permitindo libertar espaço a bordo. O motor está situado na traseira, o que permite uma distribuição de peso na ordem dos 50/50. Um dos propósitos da Toyota foi o de melhorar a suavidade de condução e o dinamismo, registando-se um incremento na potência em 12% para um total de 134 kW/182 CV, com 300 Nm de binário.
No total, dispõe de três tanques de hidrogénio, dois sob o habitáculo e um atrás dos bancos traseiros, o que lhe permite aumentar a capacidade total de 4,6 kg para 5,6 kg, permitindo assim uma autonomia na ordem dos 650 quilómetros. O novo Mirai recorre a uma bateria de iões de lítio no lugar da atual de níquel-metal da unidade híbrida. Apesar de mais compacta no tamanho, oferece maior densidade energética para uma melhoria das prestações. Contém 84 células e uma voltagem de 310.8 e uma capacidade de 6.5 Ah.
De notar que a Toyota apelida este Mirai como um automóvel com emissões abaixo de zero, ou seja, podendo mesmo limpar o ar que respiramos, numa faculdade que apenas será possível ao sistema de pilha de combustível a hidrogénio.
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